Valcke falou sobre as denúncias de corrupção e contou sobre as dificuldades que enfrentou nos anos que vem trabalhando com o país sede da Copa 2014.
"Não acho que os problemas tenham sido entre a Fifa e o Brasil. Às vezes foi entre mim e o Brasil. Em uma ou duas ocasiões acho que as palavras usadas por mim foram muito fortes".
Apesar de todos os problemas com obras atrasadas, e opinião pública dividida, o dirigente acredita que o padrão de qualidade dos mundiais estará presente daqui a duas semanas, quando ocorrerá a partida de estreia da Copa na partida entre Brasil e Croácia, na Arena Corinthians.
"O que vocês da mídia, os fãs e os times estão esperando é a perfeição. O que eles esperam é que os gramados em que jogarão sejam os melhores que se pode ter no mundo, e por isso estamos exigindo perfeição. Teremos perfeição porque não há outra opção quando falamos de Copa do Mundo"
"Diria que, para mim, o maior erro que enfrentamos nos últimos meses no Brasil foi sobre os estádios privados e a questão das instalações temporárias e a questão de quem é responsável pelo investimento financeiro para todas estas instalações temporárias quando falamos de estádios privados".
"Por isso tivemos algumas questões entre Porto Alegre e a organização, além de Curitiba e São Paulo", disse Valcke lembrando dos problemas de gestão no Beira-Rio, na Arena da Baixada e na Arena Corinthians.
Projetando a próxima Copa do Mundo na Rússia em 2018, Valcke diz que pretende esclarecer logo essas questões com os comitês locais.
Sobre a obra super-faturada no Estádio Mané Garrincha em Brasília, o secretário-geral da Fifa afirma que as fontes de dinheiro para a construção do estádio foi "limpa".
"Somos bem claros que nenhum dinheiro pago pela Fifa pode ser ligado a qualquer caso de corrupção. Não somos responsáveis por o que ocorre em um país. É claro que somos contra qualquer tipo de corrupção".
Valcke disse que a sede mais ameaçada de perder a Copa do Mundo foi Curitiba, pela demora na Arena da Baixada, casa do Atlético Paranaense. Mas, afirma que acreditou nas promessas de que tudo estará pronto, nem que seja na véspera da estreia.
"Em Curitiba chegamos bem perto de dizer 'Pessoal, vocês nunca conseguirão, e devem ficar de fora do Mundial'. Para excluir uma das sedes, você tem que ter certeza que eles não vão conseguir, que nunca conseguirão entregar. Aqui no Brasil, o principal ponto que nos disseram foi:
'Não diga que não conseguiremos, pois conseguiremos. Talvez seja no último minuto, mas conseguiremos e daremos o que vocês estão esperando'", concluiu.
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