terça-feira, 12 de agosto de 2014

Baianas viajam para Mundial de Canoa Havaiana no Rio

Seis baianas de diversas áreas profissionais vão enfrentar o desafio de remar o primeiro Campeonato Mundial de Canoa Havaiana Velocidade disputado no Brasil. As competições começam nesta terça-feira, 12, às 8h, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.
Foto: divulgação
Inscritas na categoria V-12 500 m Catamarã Open, as baianas estão em  uma guarnição mista, já que a outra metade das 12 participantes é de atletas paulistas. A classe Catamarã, escolhida por elas, é um tipo de embarcação que reúne lado a lado duas canoas havaianas interligadas.
"Pedimos liberação do trabalho para a competição e vamos fazer a final já na quarta-feira (amanhã)", explicou a proctologista Aline Mano, de 33 anos. Capitã da equipe, Aline antecipou vários plantões médicos para poder folgar no período de disputa do Mundial, que vai ser encerrado no domingo.
Às 6h30 de segunda, 11, último dia de treinos no Dique do Tororó, a médica saiu direto para operar um de seus pacientes. "Nosso clube, o Canoa Bahia, tem 12 remadoras locais convocadas para o Mundial, mas só a metade das meninas pôde ir porque não conseguiu liberação do trabalho", explicou o técnico da equipe, Hamã Batista de Oliveira.
"Seis das remadoras não conseguiram folgas no trabalho. A parceria com outros clubes de São Paulo facilitou a união das seis que conseguiram folgas com as remadoras paulistas", explicou Hamã.
Outra integrante da equipe, a engenheira civil Ana Paula Neves, de 33 anos, contou ter antecipado  quatro dias de suas férias com a sua empresa. "A gente tem trabalhado para caramba para conseguir viajar. Eu, Aline e Hamã vamos ficar no Rio até domingo, mas as outras voltam no mesmo dia da prova", disse Ana Paula.
O restante da equipe baiana é formado pela arquiteta Lavínia Rodrigues, 26, a anestesista Vânia Delfina, 50, a corretora de seguros Danielle Guedes, 30, e a publicitária Marta Dórea, 49.
Para ficar entre as primeiras colocadas, as remadoras têm de fazer os 500 metros da competição apenas um pouco acima da casa dos dois minutos.
Atual campeã, a Nova Zelândia venceu o Mundial de 2012 com o tempo de 2min05, na V-12 500 m feminino. Nos treinos de madrugada no Dique, as baianas conseguiram tempo máximo de 2min39.
Para um bom desempenho, conta  também o entrosamento da equipe. Para não perder terreno nessa área, as paulistas e baianas sincronizaram as remadas observando vídeos gravados nos treinamentos dos dois grupos.
Favoritismo
Os favoritos ao título do Mundial são, pela ordem, do Tahiti, Havaí e Nova Zelândia, países onde o esporte data de 3 mil anos. No Brasil, a prática tem apenas 12, e na Bahia três, segundo explicou o técnico Hamã Batista. Em termos de equipamentos, a diferença de qualidade só será sentida em relação ao remo. "A CBCa vai disponibilizar canoas havaianas para todos os atletas. Só os remos  cada um levará o seu", explicou Hamã.
As baianas terão uma leve desvantagem, já que terão remos de madeira pesando cerca de 750 gramas. Outros competidores terão remos mistos, com cabo de madeira e pá de fibra de carbono ou até mesmo todo de fibra de carbono. Mais leves, os de fibra de carbono pesam, em média, 500 gramas.
As finais de domingo, último dia de competição, serão exibidas de 10h às 12h, pelo canal de TV fechada Sportv. Informações: http://atarde.uol.com.br/esportes/noticias/baianas-viajam-para-mundial-de-canoa-havaiana-no-rio-1613449

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