Um combate à altura do que se esperava das seleções donas de seis títulos do torneio, com muita briga e defesas quase impenetráveis.
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Foto: Divulgação |
Durante sessenta minutos, a partida na Arena das Dunas foi exatamente como queria o técnico italiano, Cesare Prandelli.
O empate, afinal, era o suficiente, e o treinador que já ousou ir contra a tradição defensiva de seu país se rendia a ela.
Do lado uruguaio, o mérito foi da paciência. Mais uma vez, o time de Tabárez deixou seu rival jogar e apostou nos chutões da defesa para o ataque, na esperança dos lampejos de Cavani e Suárez.
O time que começou a Copa como primeira vítima da zebra Costa Rica, terminou a primeira fase com duas vitórias mínimas sobre Inglaterra e Itália, garantindo a segunda vaga no "grupo da morte" do torneio.
O resultado põe fim à possibilidade de um novo Maracanazzo em 2014, já que o Uruguai se classificou com o segundo lugar do grupo D e enfrentará o Brasil já nas quartas-de-final, caso as duas equipes passem pelas oitavas.
Neste caso, o duelo aconteceria no estádio do Castelão, em Fortaleza. Agora, o Uruguai aguarda seu adversário, o vencedor do grupo C, que pode ser a Colômbia ou a Costa do Marfim.
Paciência dá o tom em jogo estudado e brigado
Jogando pelo empate para se classificar às oitavas-de-final, a Itália teve maior controle da bola no primeiro tempo.
Sem ansiedade, a seleção europeia evitou os chutões e tentou trabalhar cada jogada de pé em pé, começando sempre com a participação de Pirlo, posicionado logo à frente da linha de três zagueiros.
O Uruguai, embora precisasse buscar a vitória de qualquer jeito, abriu mão da maior posse de bola. Isso não significa, no entanto, que o time de Óscar Tabárez tenha atacado pouco, pelo contrário.
Bem fechado quando a Itália atacava, o time respondia rápido ao recuperá-la.
Na maioria das vezes, em infrutíferas ligações diretas da defesa para o ataque. Em outras, um pouco mais eficazes, em jogadas pelas laterais, especialmente a esquerda.
Sem conseguir infiltrar na retranca uruguaia por baixo, a Itália também não conseguiu por cima.
A bola alçada na área em cobranças de falta e escanteio foi a principal arma no primeiro tempo, mas sempre rebatida.
Em uma tentativa de chute direto para o gol de Pirlo, Muslera espalmou para escanteio.
O Uruguai, por sua vez, teve uma boa chegada à área italiana, quando Suárez e Lodeiro, no mesmo lance, tiveram seus chutes bloqueados por boas defesas de Buffon.
Outras duas tentativas vieram dos pés de Cáceres, que arriscou duas vezes o chute antes do meio de campo.
No primeiro, a bola foi fraca e chegou com facilidade para Buffon. No segundo, foi direto para fora.
Expulsão muda o jogo e Godín brilha
Na volta do intervalo, tanto Prandelli como Tabárez fizeram alterações que, em teoria, deixariam os dois times ainda mais defensivos, com as entradas de Parolo e Maxi Pereira nos lugares de Balotelli e Lodeiro, respectivamente.
Mesmo assim, a promessa era de muita emoção no segundo tempo e ela não demorou a aparecer.
Aos 5 minutos, depois de jogada pela direita, Arévalo Rios tocou para dentro da área italiana buscando Cavani.
O atacante foi derrubado por Bonucci, que ignorou a bola, mas o lance foi considerado legal pelo árbitro mexicano Marco Rodríguez, causando revolta dos uruguaios.
Foi aos 14, porém, que o cenário da partida mudou irremediavelmente, quando Marchisio foi expulso ao dar uma entrada com as travas da chuteira na perna de Arévalo Rios. Com um a mais, o Uruguai finalmente se lançou ao ataque.
Aos 20, veio a melhor chance do time sul-americano, quando Suárez chutou de perto da marca do pênalti e viu Buffon fazer um verdadeiro milagre.
Se Suárez era o herói esperado, foi outro gigante uruguaio a decidir a classificação.
Aos 35 minutos do segundo tempo, Ramírez, que acabara de entrar, cobrou escanteio da direita e o zagueiro Diego Godín, capitão da Celeste subiu para marcar, com o ombro esquerdo, o gol da vitória.
Ficha Técnica: Itália 0 x 1 Uruguai
Local: Arena das Dunas, em Natal (RN)
Data: 24 de junho de 2014, terça-feira
Horário: 13 horas (de Brasília)
Público:
Árbitro: Marco Rodríguez (México)
Assistentes: Marvin Torrentera e Marcos Quintero (ambos do México)
Cartões amarelos: Balotelli e De Sciglio (Itália); Arévalo Rios e Muslera (Uruguai)
Cartões vermelhos: Marchisio (Itália)
Gols:
Uruguai - Diego Godín, aos 35 minutos do segundo tempo;
Data: 24 de junho de 2014, terça-feira
Horário: 13 horas (de Brasília)
Público:
Árbitro: Marco Rodríguez (México)
Assistentes: Marvin Torrentera e Marcos Quintero (ambos do México)
Cartões amarelos: Balotelli e De Sciglio (Itália); Arévalo Rios e Muslera (Uruguai)
Cartões vermelhos: Marchisio (Itália)
Gols:
Uruguai - Diego Godín, aos 35 minutos do segundo tempo;
Itália: Buffon; Barzagli, Bonucci e Chiellini; Verratti (Thiago Motta), Marchisio, Darmian, Pirlo e De Sciglio; Immobile (Cassano) e Balotelli (Parolo)
Técnico: Cesare Prandelli
Técnico: Cesare Prandelli
Uruguai: Muslera; Cáceres, Gimenez, Godín e Álvaro Pereira (Stuani); Álvaro González, Arévalo Rios, Cristian Rodríguez (Ramírez) e Lodeiro (Maxi Pereira); Cavani e Luis Suárez
Técnico: Óscar Tabárez
Técnico: Óscar Tabárez
-- Veja no iG
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